Cidade: Cape Town
País: Africa do Sul
Documentos Necessários: Passaporte Válido, Certificado Internacional de Vacinação Contra a Febre Amarela
Não precisa de visto para brasileiros
Cia Aerea: Para a Africa do Sul, temos a South African Airways que voa de São Paulo para Johannesburgo e de lá para qualquer outro destino dentro da Africa.
Moeda local: Rand
Idioma Oficial: A Africa do Sul possui mais de onze idiomas oficiais, porém os mais utilizados são o africâner (dialeto próximo ao holandês) e o inglês.
Fuso Horário: + 5 horas em relação a Brasilia
Site do País: http://www.gov.za/
DICAS:
Pegue o Sightseeing para conhecer a cidade toda e depois escolha os principais pontos para conhecer melhor.
A Cidade do Cabo possui uma população bem misturada. Os coloured, como são chamados os mestiços descendentes dos bosquímanos, são maioria; não há tantos negros como no restante do país, e a minoria branca é de origem britânica - são poucos os africâneres por aqui. O resultado é uma cidade multicultural.
O estádio Green Point, com capacidade para 70 mil pessoas, que sediou oito jogos do Mundial, incluindo uma das semifinais, e divide com o Moses Mahiba, de Durban, os títulos de mais bonito e mais bem localizado. Entre a Montanha da Mesa e o Atlântico, seu cenário é de cartão-postal.
ATRAÇÕES TURÍSTICAS:
- MONTANHA DA MESA
Uma nuvem quase permanente, chamada pelos locais de "toalha de mesa",cobre a parte superior da pedra. Uma das lendas conta que o pirata aposentado Jan van Hunks um dia encontrou o diabo na montanha e, para tentar salvar sua alma, o desafiou para um campeonato de quem fuma mais. Os dois estariam fumando desde sempre, daí aquela nuvem. O dia pode estar ensolarado em toda a cidade, e a toalha branca lá no alto impede a subida dos bondinhos envidraçados (parecidos com os do Pão de Açúcar, mas giratórios). Às vezes a toalha some, mas o vento não, e o teleférico as vezes não funciona. Há ainda dias sem nuvem nem vento, mas o bondinho entra em manutenção.
Não falta o que fazer no Cabo. Só que, lá de cima, a vista da cidade e do Oceano Atlântico está naquela categoria de adjetivos clichês como imperdível, incomparável, incontornável. Ou seja, transforme a Montanha da Mesa no seu principal objetivo. Acompanhe a previsão do tempo pela internet, converse com o pessoal do hotel, fique atento. Na primeira oportunidade que der para conjugar tempo bom e teleférico funcionando, vá em frente. A fila do bondinho pode ser demorada, mas uma vez lá em cima é só correr para o abraço. De qualquer canto das trilhas, a vista é uma recompensa. O ingresso custa 160 rands (R$ 37). http://www.tablemountain.net/
- VITÓRIA & ALFREDO
As opções gastronômicas também são ótimas. Dá para se divertir comendo fish & chips em mesas à beira-mar visitadas por pássaros variados, como no Quay 4 Tavern ( http://www.quay4.co.za/ ). Para um jantar mais caprichado, não deixe de experimentar camarões gigantes e lagostins de Moçambique do premiado restaurante Belthazar ( http://www.bel.thazar.co.za/ ), também de frente para a baía, e que oferece ainda uma ampla seleção de bons vinhos em taça.
As compras não decepcionam. Além de lojas de marcas encontradas em outras cidades, há muito artesanato barato e artigos africanos mais sofisticados. Uma loja interessante é a Presidencial Shirt ( http://www.presidentialshirt.com/ ), de Desre' Buirski, estilista que faz as camisas estampadas usadas por Nelson Mandela. Quem compra uma roupa de Mandiba, como o líder sul-africano é chamado, leva também um foto de Mandela vestindo a mesma estampa, para comprovar sua autenticidade. As camisas de seda, de manga curta, custam em torno de 750 rands (R$ 175), e uma porcentagem do dinheiro arrecadado com as vendas vai para crianças sul-africanas portadoras do vírus HIV, através do Masiphane Projects, uma organização sem fins lucrativos de Johannesburgo. http://www.waterfront.co.za/
- DOIS OCEANOS
Da entrada do aquário se vê de perto o Green Point Stadium, que fica em um parque em frente. O Two Oceans Aquarium abre diariamente, das 9h às 18h, e o ingresso custa 88 rands (R$ 20). http://www.aquarium.co.za/
- NO MERCADO
Mais tarde, esqueça o ônibus e programe também uma visita noturna a Long Street, de táxi, para jantar no Mama Africa. Decorado com motivos africanos, é um restaurante para nós, turistas, mas muito bem feito. Oferece pratos de diversas regiões da África, caças variadas e música de ótima qualidade. Para jantar, reserva é fundamental. Outra opção é chegar mais tarde e ficar no bar. Aliás, o que não falta na Long Street é bar. A rua é tão movimentada à noite quanto de dia. Apenas tenha a mesma atenção que você teria, por exemplo, circulando pela Lapa. http://www.mamaafricarest.net/
- ESQUECER JAMAIS
Nos anos 1940 e 50, os moradores do District Six eram majoritariamente negros. Em 1948, o partido fundado pelos descendentes dos primeiros colonizadores criou novas leis de segregação racial e, dois anos depois, o regime de apartheid determinou que os negros deveriam ser removidos para as townships, que lembram as favelas brasileiras. Nos anos 1960, cerca de 60 mil pessoas perderam suas casas no District Six. O bairro foi arrasado para que virasse uma área ocupada somente por brancos, o que nunca chegou a acontecer. Ainda hoje, a região tem uma aparência de terra devastada. O pequeno, mas excelente, museu apresenta um imenso mapa que reproduz o traçado das ruas do bairro e conta um pouco da história comovente de pessoas comuns que foram obrigadas a abandonarem suas casas e suas vidas simplesmente porque não eram brancas.
Outro lugar importante para a memória do apartheid na Cidade do Cabo é Robben Island, onde Nelson Mandela, o primeiro presidente negro do país, ficou preso por 18 anos. Os barcos partem do Nelson Mandela Gateway, no Vitoria & Alfred Waterfront. Na ilha, os tours são guiados por ex-presos políticos. Se as condições do tempo permitirem, as saídas dos barcos são diárias, das 9h às 18h, e os ingressos podem ser reservados com antecedência em http://www.robbenis.land.org.za/ . O tíquete para o District Six Museum pode ser comprado na hora, e custa 20 rands (R$ 5). O museu abre às segundas-feiras, das 9h às 14h, e de terça-feira a sábado, das 9h às 16h.
- VÁ DE ÔNIBUS
O Centro e o Victoria & Alfred Waterfront são os melhores lugares para embarcar em uma das duas linhas do ônibus turístico de dois andares (CitySightSeeing Cape Town - http://www.citysightseeing.co.za/) que percorre a Cidade do Cabo. No Centro, há várias paradas. No V&A, um ponto fica em frente ao aquário e o outro na Torre do Relógio. O bilhete vale para o dia inteiro e funciona no esquema hop on, hop off. Ou seja, você embarca e desembarca quantas vezes quiser, onde escolher. A tabela com os horários dos ônibus fica afixada nos pontos e funciona. O tíquete de 24 horas custa 120 rands (R$ 28) para uma rota, ou 240 rands (R$ 56) para as duas.
- O ATLÂNTICO
Escolha um dos muitos bares à beira-mar para almoçar tendo os Doze Apóstolos por testemunha. Mas nem perca tempo contando se a cadeia de montanhas rochosas que emoldura Camps Bay tem mesmo 12 paredões - os apóstolos, como são chamados os paredões de pedra, são mais numerosos. O Blues, restaurante no segundo andar de um dos predinhos, com algumas mesas ao ar livre, é excelente. Mas vou logo avisando que não vai ser fácil sair dali.
- FOCAS E PINGUINS
Os passeios duram 35 minutos e custam em torno de 60 rands (R$ 14). As saídas são na parte da manhã, a partir das 8h30m. Já os pinguins ficam em The Boulders, uma praia do outro lado da Península do Cabo, perto de Simons Town. Geralmente, as excursões que levam até o Cabo da Boa Esperança param lá na volta. É muito divertido ver aqueles bichos desengonçados andando pela praia e pelos muros das casas próximas. Só tome cuidado para não pisar em um ninho e quebrar um ovo.
- COMO BARTOLOMEU
Além do significado histórico, a região é linda, com encostas escarpadas junto ao mar. Em alguns pontos, os penhascos chegam a ter 200 metros de altura. Nas excursões, normalmente vai-se por um lado da Península do Cabo, e volta-se pelo outro. O percurso de ida passa por três pequenas e famosas praias de Clifton, Camps Bay e Hout Bay, e pode incluir uma parada numa interessante fazenda de avestruz, a Cape Point Ostrich Farm.
Para quem se encantou com luminárias feitas com ovo de avestruz e bolsas e carteiras de couro, artigos caros nas lojas do Centro da cidade, este é o lugar para compras, com preços mais em conta. Uma vez no Cabo da Boa Esperança propriamente dito, fique atento aos babuínos. Os macacos podem subir nos carros, entrar por janelas abertas e pegar o que estiver pela frente, inclusive a sua recém-comprada bolsa de avestruz.
A volta é pelo outro lado da península, chamado de False Bay, passando por vilarejos sonolentos à beira-mar e pela bem mais animada colônia de pinguins de The Boulders. O tour de dia inteiro (com saída entre 8h e 9h e retorno entre 17h e 18h) custa em torno de 680 rands (R$ 160) por pessoa, em uma van com outros passageiros. O de meio dia sai por cerca de 490 rands (R$ 115).
- JARDIM BOTÂNICO
Com 528 hectares, o jardim é repleto de espécies sul-africanas. Merece ao menos um par de horas para que você possa admirar a vegetação característica de fynbos, com plantas como proteas e ericas. Há também baobás gigantes e impressionantes. O jardim abre diariamente, das 8h às 18h. Ingressos a 35 rands (R$ 8). http://www.sanbi.org/
- VINHEDOS
Os tours de um dia custam em torno de 680 rands (R$ 160) por pessoa. O passeio de meio dia vai apenas a Stellenbosch, e sai em torno de 490 rands (R$ 115). Os vinhos sul-africanos são ótimos companheiros de viagem. Para prestigiar a uva local, escolha sempre um pinotage. Os espumantes, chamados de Cap Classique, também são muito bons. E os preços não assustam - nem aqui nem em nenhum momento da viagem. Em tempo: dizem que a cerveja local, Castle, também é boa.